quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A LIÇÃO DO JARDINEIRO


Um dia, o executivo de uma grande empresa contratou, pelo telefone, um jardineiro autônomo para fazer a manutenção do seu jardim.

Chegando em casa, o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 15 ou 16 anos de idade. Contudo, como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço.

Quando terminou, o garoto solicitou ao dono da casa permissão para utilizar o telefone e o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa.

O garoto ligou para uma mulher e perguntou:

- “A senhora está precisando de um jardineiro?”

- “Não.  Eu já tenho um”, foi a resposta.

- “Mas, além de aparar a grama, frisou o garoto, eu também tiro o lixo.”

- “Nada demais, retrucou a senhora, do outro lado da linha.  O meu jardineiro também faz isso.

O garoto insistiu:

- “Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço.”

- “O meu jardineiro também, tornou a falar a senhora.”

- “Eu faço a programação de atendimento, o mais rápido possível.”

- “Bom, o meu jardineiro também me atende prontamente.  Nunca me deixa esperando.  Nunca se atrasa.”

Numa última tentativa, o menino arriscou:

- “O meu preço é um dos melhores.”

- “Não”, disse firme a voz ao telefone.  “Muito obrigada!  O preço do meu jardineiro também é muito bom.”

Desligado o telefone, o executivo disse ao jardineiro:

- “Meu rapaz, você perdeu um cliente.”

- “Claro que não”, respondeu rápido.

- “Eu sou o jardineiro dela.  Fiz isto apenas para medir o quanto ela estava satisfeita comigo.”

Em se falando do jardim das afeições, quantos de nós teríamos a coragem de fazer a pesquisa deste jardineiro?

E, se fizéssemos, qual seria o resultado?  Será que alcançaríamos o grau de satisfação da cliente do pequeno jardineiro?

Será que temos, sempre em tempo oportuno e preciso, aparado as arestas dos azedumes e dos pequenos mal-entendidos?

Estamos permitindo que se acumule o lixo das mágoas e da indiferença nos canteiros onde deveriam se concentrar as flores da afeição mais pura?

Temos lubrificado, diariamente, as ferramentas da gentileza, da simpatia entre os nossos amores, atendendo as suas necessidades e carências, com presteza?

E, por fim, qual tem sido o nosso preço?  Temos usado chantagem ou, como o jardineiro sábio, cuidamos das mudinhas das afeições com carinho e as deixamos florescer, sem sufocá-las? 

* * * 

O amor floresce nos pequenos detalhes.  Como gotas de chuva que umedecem o solo ou como o sol abundante que se faz generoso, distribuindo seu calor.

A gentileza, a simpatia, o respeito são detalhes de suma importância para que a florescência do amor seja plena e frutifique em felicidade. 

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